17 de março de 2011

Inexatidão Sem Visão

Xenófanes tinha razão, entrelaçamos poréns para chegar sempre a uma inexata "exatidão" aceitável, acho que é isso que o engenheiro especificamente tem que fazer de melhor.

A questão do ensino é o professor, em alguns casos o mestre, saber ensinar como entrelaçar, saber ensinar a melhor forma de se entrelaçar para se chegar a uma idéia ou a uma "fórmula" que nos ajude da melhor forma possível com nosso objetivo.

Exercitar é bom, mas não acho que ser programado para resolver problemas sempre de mesma ordem faz evoluir. O que se ensina na universidade ao meu ver é um adestramento racionalizado para o que se quer. Assim não se aprende a resolver qualquer problema, a ter idéias para resolve-los e muito menos cria-los e sim somos programados para resolver
"TAIS" exercícios que atendem ao acadêmico .

A minha idéia pode ser facilmente visualizada quando um professor que seguia uma linha de provas e de ensino muda sua tática e aplica problemas diferentes da sua "lista de estudo" na avaliação. A turma em geral é arrasada , as médias normalmente são péssimas. Então é fácil ver que não se ensina a pensar e entrelaçar, talvez por falta de tempo, talvez por se achar que o engenheiro deve desde estudante ser seu próprio mentor.

O fato é que exercitar e resolver é ótimo e necessário, sem dúvida, mas ao invés de perdermos tanto tempo nesse adestramente de cálculos e números, deveríamos usar nosso intelecto nas disciplinas com a preocupação de aprender os conceitos para um dia podermos aplicar de forma inteligente, e realmente entender o que se faz, o que se leva muito tempo. Geralmente,ao invés disso, perdermos horas aprendendo a não enganar nossa mente com números e decorando métodos de resoluções de problemas específicos que na vida real serão resolvidos em minutos por computadores programados, onde não será avaliado se você troca as fórmulas, se você decorou a maneira mais simples de resolver tal problema , e sim se você soube distinguir o que será melhor, mais eficiente .

O engenheiro deve ter uma visão ampla a cerca de projeto , a cerca de lucro, deve saber relacionar a tecnologia disponível de engenharia e o investimento que se tem, deve ter visão a cerca de métodos realmente reais que serão usados para gerar dinheiro, deve saber analisar bem quando é necessário fazer tal cálculo e quando não é relevante , ao invés de sair calculando sem saber onde chegará , e isso é entralaçar suposições, isso é saber relacionar os fenômenos de transporte e outras matérias essenciais mesmo sem saber nenhuma fórmula de cabeça.

Aprender a usar fórmulas é ótimo, mas melhor seria aprender a rearranja-las, a modifica-las , a criar perguntas a respeito da sua real funcão e verdadeira eficiência. Isso também é entrelaçar suposições e essa deveria ser a busca das aulas , deveria ser o direito do aluno. Deveria-se repensar o que se é cobrado e como é cobrado .

Um exemplo da ineficiência do método de adestramento, assim vou chamar, é fácil de perceber. É só pesquisar, quanto dos seus alunos tem seu próprio negócio, trabalhando com o que ele tanto estudou, aplicando as idéias do curso e tendo seu próprio sucesso? E quantos trabalham aplicando as horas de resolução de exercícios, sendo direcionado por terceiros, geralmente em empresas estrangeiras?

Se os empreendedores forem 1% dos seus alunos, eu diria que o método de ensino é ENTRELAÇAR a teia de suposições , seus alunos possuem o que Xenófanes levou a ser chamado de atitude de racionalismo crítico, é o que move as coisas , o que faz o mundo evoluir. Caso contrário, é necessário rever alguns conceitos.

O dever do aluno é estudar sim, mas de maneira focada ao aprendizado e não ao adestramento irracional que só leva ao horizonte da aprovação, mas sozinho, está longe do sucesso. Para mim a mente da idéia é tão ampla quanto a da resolução. Seria espetacular se como estudantes de engenharia fossemos levados a pensar como engenheiros, não só aqueles que otimizam, mas aqueles que realmente criam e recriam.

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