5 de dezembro de 2010

Indecisão

A fraqueza
De não tomar decisão

Quem sabe um dia
Quem sabe não

Enquanto isso
Se corroe meu coração

Busca infinita pela evolução

Quem sabe um dia
Quem sabe não

Enquanto isso me prefiro
Pela privação, fracassar e falhar
Se é assim que se quer chamar

Me conforta a indecisão
Mesmo lá no fundo
Eu sabendo a posição
Já aceitei
Os poréns e o porão

Antes perder sem razão
Que ganhar sem emoção

Não valeria meu coração
Eu saberia e saberei que não
Também não vale o seu
O que valemos então ?

Essa confusão que
Come as palavras recém agrupadas
Me devora também a razão

Lv.

Pontuação

O desequilíbrio mais elaborado
Camuflando o intuito de fugir
Valorizando o desvalorizado
Endeusando o indesejado e fraco

Mentira ou inventado
Quando o boa fé quer assumir
Tudo pode vir a vir

Se não se entende
Como explicar a vontade de iludir
A si ou não
O ato não traz explicação

E então se pergunta,
Se é realmente assim que
Se quer agir

Fica a interrogação
As aspas da reinvenção
Trazendo a exclamação
As reticências do senão
Dois pontos que anunciam
Denunciando a expressão


Talvez não seja
Mas temos que seguir
O conforto do não saber
Deixa prosseguir

Quem sabe fluir
Sempre o duplo sentido
Dar a linha
Linha e o ponto .

Lv.

4 de dezembro de 2010

É só mais uma Analogia Barata

Honra,admiração e disciplina para a liberdade e especialidade da vida bem vivida ...

Ela jamais tentou ser diferente. De verdade, mesmo, ela jamais tentou ser igual ou mudar.

Quando a mudança surgiu de forma brusca vinda do exterior, a luta era incesante para não, já que afinal o que seria remar, sem ser contra maré?

A verdade é que a Lei da Inércia é a mais inteligente, simples e ampla que um homem já pôde apresentar. Foi magnífica mesmo, querido Newton !

Mas para mim,desculpem-me nobres físicos e engenheiros, mas não por sua forma física, mas por sua forma abrangente no mental e emocional.

Nada nem ninguém realmente muda sem que algum atrito,força externa, bem superior ao seu vetor de força,fizer redirecionar, ou seja ,fizer parar, ou movimentar.

Realmente por si só, sem a força do amor ou da ambição, você tende a permancer no seu estado inercial... sem rumo, seja parado, pensando circularmente, ou movimentando devaneando.

Portanto pedimos não a Deus, mas a essas tais forças que venham a nós, ao vosso reino, e que seja feita, a mudança próspera.

Particularmente peço que você, força de atrito do amor, sempre seja você quem venha a mim, pois não quero redirecionar com os olhos tapados pela ambição e assim acabar me chocando com a maldade, deslealdade e outras grandezas que farão transformar minha energia inicial, pura e boa em alguma outra conservada, porém que me venda com o egoísmo e egocentrismo. Mesmo que a mecânica não seja conservativa , que as perdas sejam construtivas.

Entender essa lei da física, aliás, a mais fácil delas, não valeria de nada, se meu sentimento não tivesse alcançado o sentido mais amplo e real.
Isso, eu ainda não sei a que “mestre” nem "entidade de ensino” agradecer.

Eu admitO que eu tenho que estudar mais, nesse caso realmente eu tenho certeza que o importante não é só receber os créditos com média limite. Se for necessário reprovar milhares de vezes a minha vontade de aprender e de tentar, nunca o desânimo e o desestímulo vão roubar.

A certeza é de jamais desencorajar, meu orgulho de graduar,mestrar e doutorar e nisso para sempre com toda alegria trabalhar.

Lv.

Não é questão de física, de Newton , de nada.

30 de novembro de 2010

Nunca é o que Parece

Porque me apaixonar
Por quem não posso ter?
Porque me fascinar
Com alguém tão dificil de entender?


Qual é a sua magia?
Porque me atrai assim?
Ontem nem me via
E hoje sorriu para mim.


Será que faz de propósito?
Que quer me ver sofrer?
Se não pode me dar o que quero
Porque ousa oferecer?


Não sei se é melhor te amar
Ou necessário te esquecer.


Não me atrevo a pensar
Se tenho alguma chance
Isso não passa de um conto de fadas
Com um toque de romance.


Claro que não é amor
E sim admiração
Mas me causa profunda dor
Perder a sua atenção.

Ir.

28 de outubro de 2010

Tentou

Tentou estudar
Tentou se acalmar
Tentou devanear
Tentou ser justa

Tentou estudar
Tentou trapacear
Tentou se enganar
Tentou ser má

Tentou estudar
Tentou não tentar
Tentou não magoar
Tentou ser sincera

Tentou ...
Mas vai continuar a tentar
E atentar

Não adianta correr
Quando não se sabe o que quer
Quando não se quer alcançar
Tentou ?

14 de outubro de 2010

Mais

É muito complicado, mas na verdade, dramas e loucuras a parte, é tudo muito simples. E simples, até demais.

Você tenta explicar o pq isso te incomoda, mas no fundo você nem consegue entender. Você sabe que você quer sempre mais, custe o que te custar, e custe o que aos outros custar.

Você só queria mais, sem denotações e conotações, apenas queria mais. E sabe que o mais, nada iria mudar no agora, esse agora que não faz parte desse mais.
Então você pensa pq... Mas pq não posso ter mais?

Isso passa a te transtornar quando você percebe que estão te oferecendo, por debaixo da mesa, o mais, novamente aquele mais ... pode até ser algo ilusório achar que é uma oferta,concordo, mas é fato o fato de que simplesmente achar que é oferta te faz voltar a pensar , e então você realiza que realmente sempre vai querer mais, e mais.

E mais, sem conversa , ilusões viram confissões. O talvez passa a ser sim. E o sim
Passa a ser não.

Embora não fique chateada sem ter esse mais, você sabe que adoraria o mais.
É sentido algo do tipo frustração , pq você sabe que o mais seria proveitoso e delicioso para todos, e mais , o mais, até poderia ser mais.

Você nunca vai saber pq você já desistiu de tentar, e dizem as más línguas que quando nem você sabe explicar, é suicídio tentar qualquer situacão dessas ajeitar, então você deixa o mais pra lá, se acostuma e tenta parar de pensar.

É complicado, mas por aqui não se gosta de almoçar, se pratos limpos forem usados.
Mas o mais estranho é que o quase nada muitas vezes vira mais, num tabuleiro limpo de bolo de chocolate.

E triste e dramático assim, o mais quase sempre vira quase, ou nada, em pratinhos de
porcelada importada, mas completamente sujos de bolo de chocolate.

Isso pq as pessoas tem medo de se mostrar, de ficar a deriva em desconhecido mar, longe de algum lugar que possa atracar, e longe do mais poder ganhar.

Lv.

12 de outubro de 2010

Desconhecida

Sua aparência pode enganar
Mas não mais do que suas poucas palavras tentam mudar
Atrás do piercing e da cara de má
Sentimental e sonhadora
Acha que o amor não é singular .


Lv.

7 de outubro de 2010

Irrelevância

Eu ia te ligar e perguntar que milhares de coisas foram essas que eu fiz que te deixaram chateado, ia ligar mesmo, pois eu realmente preciso saber, para não cometer os mesmos erros com igual intensidade da próxima vez.

Mas sabe, eu parei e pensei que nada vai adiantar te perguntar, porque você mesmo não deve saber . E mais, eu sempre quis ir a fundo e saber, mas nunca me adiantou de nada saber, de nada. Nunca diminuiu minha angústia, nunca fez o tempo voltar e nunca fez eu melhorar. E o pior, nunca soube se eu descobri o que eu realmente queria saber.

Fico mal em ouvir “ milhares de coisas” , pois cai como uma regressão de todo esse meu período de pseudo-monge. Mas também, porque eu fico mal ?Eu fico mal ? Acho que não , eu preciso mesmo aprender a lidar com isso, já que para sempre eu vou ser assim, desmedida.Deixar realmente esse drama.

Eu me importo muito com você, da mesma maneira que eu me importo com qualquer um ao meu redor, eu procuro saber da mesma forma que eu procuraria saber de qualquer um que me falasse ou aparentasse, mesmo que por um segundo, desapontamento comigo. Eu continuo assim, sempre querendo me desculpar.

Mas foram tantas as pessoas que sairam desapontadas e decepcionadas daqui ... e essa minha busca pelo perdão é inútil mesmo , hoje eu percebi. Eu preciso me aceitar, eu sou assim, e me ature quem aturar.

Vou tirar novamente esse drama de mim, afinal tudo e todos são esquecidos. E no final, sou eu sempre quem mais me importo, por pura fraqueza.É essa minha mania de achar que todos merecem meu apreço, essa mania de querer sempre me mostrar, mostrar como eu penso e sinto tudo, que por trás desse meu jeito confiante e atropelador, eu sou muito sentimental. Mas ninguém aceita também sentimentalismo total, ninguém tá nem aí pro que o outro sente, as pessoas só ligam para o sentimento dos outros, quando esse as inclui, e, inclui do jeito que elas idealizaram ... senão é lixo, não serve. É como se falassem em voz alta “ Me poupe e jogue essas suas palavras e seu sentimento no valão” ou então é como se aceitassem suas palavras pela peneira auditiva, guardassem o filtrado num frasco sem tampa e fizessem uma molde bem pessoal da torta de filtração, não se importando se o molde teria sua aprovação.

Uma coisa com muita relevância é perceber que se importar, ser solidário, ser altruísta, cooperar, auxiliar, magoar e se sentir derrotado por ter magoado, ficar louco por não conseguir ajudar, ficar mal por não poder fazer nada, ser abalado por qualquer tipo de palavra proferida sem intenção de nada, a não ser falar por falar,a preocupação de ter passado algo que não queria e tentar voltar atrás em vão, isso tudo e mais algumas outras centenas de coisas, não tem nada a ver com esse amor, que você conhece. Tem a ver com outro amor, que só os fracos podem sentir.

Essa coisa de ver os dois lados de tudo tira sua raiva, seu asco e te dá corformidade para que você possa enxergar tudo de uma forma ampla. A verdade é que eu tenho saudades da época em que eu não conseguia enxergar esses dois lados, a época que eu não aceitava derrotas, que eu não tolerava certas pessoas, não entrava em qualquer situação, não entrava pra jogar, entrava pra ganhar.E se eu perdesse morria de chorar, me sentia humilhada, acabada. Dizem que eu era mais fraca nessa época, pois eu te digo agora, que eu era muito mais forte.

Lv.

29 de setembro de 2010

O Outro

- Realmente, eu não gosto de lembrar de você. Mas é carinhoso, de um modo ou de outro, poder saber que não é fácil te esquecer.
- Entoou tais palavras como se fossem as últimas a serem ditas por um poeta antes de despedir-se de seu poema, no crepúsculo de sua poesia, na melhor prática de sua métrica.
Deu alguns segundos até levantar novamente a cabeça e olhar ao lado, aquela figura perfeitamente bela aos seus olhos e, ao mesmo tempo, deturpada por completo em sua mente. Sabia que ali seria o final de uma incansável odisséia que vivera ao longo de tortuosos trinta e três anos, onde perdera muito mais do que imaginava e ganhara muito mais do que sabia mensurar.
- Eu não me importo com isso. E você sabe que não. Agora, você sabe porque não? Você ousa lembrar o porque?
- O olhar de fúria se misturava com o de súplica naqueles olhos profundos de cansaço, já mastigados pelo tempo e pela vida cotidiana.
Ele entendia a fúria do outro. Ele mesmo a sentira tantas vezes dentro de si, rasgando a pele das memórias boas e formando cicatrizes, que não via outro modo de encarar aquela pergunta a não ser lembrando das suas próprias respostas.
- Fiz pra mim tantas vezes as mesmas perguntas que você me faz agora... sinto estranho aqui dentro da cabeça ao ver que você me olha com raiva ao mesmo tempo em que não consegue se livrar das minhas respostas.
- Um golpe baixo, ele admitiu à si mesmo. O outro desvencilhou do olhar irônico e pedante que lhe fora lançado, afastando-se ruidosamente da mesa com os braços e levantou-se da cadeira de modo grosseiro. Todos na praça olhavam para eles, ou pelo menos era o que ambos sentiam juntos.
- É, você vai fugir! Você sempre vai fugir! Trinta e três anos que te conheço e não vejo outra reação sua quando lhe convém fugir!
- o outro para, cerra as mãos como se esmagasse um verme entre elas
- e eu, eu ainda espero que de alguma forma você vire essa cara de criança pra mim e me olhe nos olhos com uma puta de uma resposta sincera e verdadeira, que me faça parar e refletir sobre o que eu penso, falo, e sinto sobre tudo. Mas não, você nunca consegue me surpreender. Você, que nunca conseguiu nem ao menos deixar de ser previsível pros seus amiguinhos de trabalho, ainda faz com que eu espere uma surpresa de você... agora é a minha vez de usar o "por quê": Por que, então, eu ainda espero?
O outro perde a razão em algum lugar entre a dor e a coragem, vira-se com todo o ímpeto de alguém que fora atravessado por uma ofensa e responde:
- PORQUE EU SOU SUA SURPRESA!
- E ele chora. Escorre em seu rosto uma breve lágrima cuspida de dentro pra fora, em meio a um rosto vermelho feito sangue, com as mãos brancas segurando o crânio como se ele fosse explodir.
- Porque eu sempre fui, sempre serei, e nunca deixarei de ser a sua surpresa mais incrível e prazerosa! Porque eu sou a sua pergunta não respondida e porque eu sou a sua resposta mais bem explicada! Porque você sempre ficou ao meu lado quando eu precisava, mas sempre soube ser um filho da puta e me machucar quando eu menos queria! Porque sem mim, você só seria um cérebro, você só seria respostas. VOCÊ, VOCÊ PRECISA DE MIM PORQUE EU SOU A SUA PERGUNTA!
Engoliram seco, ambos, juntos, sentindo cada um de a seu modo a importância daquele momento. Foram tantos anos de espera, tantos anos de perdas e danos desnecessários, de brigas, de afastamento e reencontro, até que finalmente um admitisse o que um outro não sabia admitir.

E então, veio um vazio. E ele percebeu que o outro virara as costas e continuara caminhando, chorando baixo e deixando para trás parte da sua alma, porque a resposta sempre se importava com a pergunta, diferentemente da pergunta, que só esperava ser entendida, e lutava, para que nunca fosse aniquilada pela resposta. Mas o outro continuou caminhando e não parando para olhar para trás, para dizer alguma coisa e continuar aquele momento. Ele, entretanto, sabia que, em algum outro plano paralelo, o outro teria se virado e voltado. Que em outro, teria se virado e ele teria ido até o outro. Que em outro plano, os dois não existiriam, ou que pelo menos não existiriam um para o outro e que suas vidas seriam diferentes. E então pensou:
- Tanto faz, se não faz.
E disse, voltando seus olhos para o chão da praça e se perdendo na eternidade da certeza de sua resposta.

Jv.

26 de setembro de 2010

Daotra

Da mais fula emoção
Sem nenhuma intenção
O adeus sem despedida
Me devora o coração

Fixação e compaixão
Desmedido em toda ação

Tesão e agressão
Diluídos em afeição
Ciranda perigosa
Provinda da mais pura roda

Lv.

19 de setembro de 2010

Desconexão

Queria escrever algo, essa vontade está me consumindo nesse momento , mas me faltam as palavras moldadas ... só consigo cuspir o que eu sinto, o que eu penso, e como eu penso ! Minha cabeça não para um minuto. Como eu penso?

Todos os acontecimentos da minha vida passam pela minha cabeça em segundos, e eu quero resolver tudinho, do meu jeito claro, do jeito que ficar melhor para mim , em minutos, mas nunca consigo e acabo cedendo.

Todos os fatos relevantes tem a mesma importância que os atos sem relevância na minha mente ... não era pra ser assim, mas é assim que eu sou. Eu vejo errado talvez, eu sempre vejo o que só eu vejo e não consigo aprender a ver o que todo mundo quer ver.

Minha necessidade de pessoas me conduz ao desequilíbrio, a vontade de estar com gente de verdade, de achar alguém igual a mim, que partilhe meus sonhos e meus desejos me frusta a cada pessoa que passa pela minha estrada e ao invés de deixar sua rosa antes de se despedir , deixa só os espinhos, propositalmente , como se eu merecesse uma recordação ruim. Mas eu só levo comigo o que foi bom ... luto diariamente para levar o bom. A verdade é que eu nem sempre consigo e aí me vejo cair ... então sigo Lispector e me entupo e me esvazio de contradições, e vivo meu extremo da forma mais intensa que alguém pode viver ... até secar tudo e voltar a mim, a minha essência, como se nada, nunca, tivesse acontecido ... mudo a direção.

Mais do que amores, amigos não deveriam decepcionar, ninguém deveria decepcionar. Talvez seja burrice minha entregar a todos meu manual de instruções e dizer, leia tudo e se quiser volte sempre, se não quiser não se importe comigo, eu não presto mesmo, já me diziam quando eu prestava , então eu superarei sua falta de consideração... aja como bem entender que eu farei tudo por você.

Eu me peguei analisando uma letra que dizia que a verdade é o dom de iludir , então caio em confusão e contradição novamente ... cada um pensa como quer, ou melhor, pensa como pode pensar né ... logo, cada pessoa faz exatamente o que ela acha que lhe trará segurança para viver em paz, não necessariamente o que ela acredita que lhe dará esperança e alegria. A sinceridade e a mentira agem como aliados para isso, eu entendo então como eu posso mentir falando a verdade e dizer a verdade mentindo, só não sei como eu posso mudar isso, e, se eu posso mudar isso.

Desde muito nova eu aprendi a fazer o que eu queria. Sem limites e sem regras aprendi a me regrar. Aprendi a ter uma confiança tão grande no que eu fazia que hoje em dia eu já sei perder, e olha que faz tempo que eu não ganho, sorrindo e aprendendo. Mas será que aprender a perder tá certo ?

Aprendi a ter uma sinceridade brutal, dessa que destrói o ego das pessoas. Demorei a enxergar essa destruição pois pra mim, nenhuma, ou quase nenhuma verdade pode me derrubar ... aprendi a aceitar e a não ligar pro que as pessoas acham ou pensam, mas veja bem, meu bem ... vivemos em sociedade , e o óbvio é que é importante sim ,as vezes, a opinião alheia, para você viver em paz.

Aprendi também a ser piadista, palhaça e o pior, irônica, sarcástica , daquelas que levam esse tom de voz pra tudo, em todo lugar a toda hora , sem perceber. Ouvi milhares de vezes de pessoas queridas que chateadas diziam ... “ não sei quando você fala sério”. Ser levada a sério é muito importante depois de certa idade, mas fazer rir pra mim, é mais importante ainda, mesmo que eu perca meus créditos e seja vista como louca, eu não sei explicar pq.

Ah , aprendi a não mentir, quando se deve mentir ... esse é um dos estorvos na minha vida. Eu minto sim, coisas idiotas, se for necessário, mas preciso aprender a mentir coisas desnecessárias, pois é disso que as pessoas gostam de viver , de ilusão, é disso que eu também gosto de viver. A realidade e a verdade são muito pouco dramáticas e tiram a beleza das coisas.

Nasci com muito amor, disso eu me orgulho, nasci com os valores certos, os valores reais, o que eu perquisei e realmente vi que importa. Mas eu não sei como balancear isso na minha vida ainda, pois aqui em baixo outros valores prevalecem, e nossa inteligência emocional deve saber disso.

Já magoei, eu sei, e diariamente sou magoada, por atitudes de pessoas que eu nem conheço, e eu aprendi a intervir nisso, o que quase nunca é bom pra mim, moralmente,mas faz muito bem ao meu coração.

Aprendi que consideração, a que brota em mim, é pra sempre, mas que pra maioria das pessoas não é assim, então tô tentando aprender a aceitar isso, mas é tão difícil ... ah , outra coisa que existe em mim é sentir absurdamente, como se eu devesse algo a maioria das pessoas que roubam minha afeição, mas isso não me impede de atitudes erradas e egoístas, não me impede de “ fazer tudo errado sempre” , e isso eu não sei explicar , nem ao menos consigo entender.

Eu sinto muito, demais, e sinto mais por fazer, na maioria das vezes , muito pouco.
Martin Luther King disse com toda a sensibilidade e inteligência que o que lhe PREOCUPAVA não era o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Eu , com minha menor evolução aliada a intensidade, transitoriedade, impulsividade e outras coisas mais, não me preocupo com isso , eu simplesmente me enfureço com isso de forma incontrolável, e hiperbolizando, descontrolada,não consigo demonstrar o que realmente eu queria passar.

Será que é tão difícil mesmo deixar parecer quem é e mostrar quem realmente quer ser ?


Lv.

7 de setembro de 2010

Não Foi

Não foi assim, eu juro que não fui eu quem escolheu assim. Simplesmente aconteceu assim. Me disseram uma vez que nem sempre a gente faz tudo certo , eu não quero usar isso, mas também não posso ignorar isso.
Odeio me arrepender, eu quase nunca me arrependo, aprendi a ser assim. Talvez fosse melhor me arrepender, eu seria menos brutal...mas nem mesmo nos meus sentimentos eu posso mandar, nem mesmo na minha angústia, na minha força, na minha mente.
Eu tentei de tudo, juro que me esforcei , mental e fisicamente ,e eu prometo que eu vou continuar tentando. Eu só te digo que não foi assim, não
assim como você pensa .
O que você julga não é a verdade ... e nem a mentira.
Você só entra no jogo quando se entrega e para de jogar e só sai dele quando começa a jogar e arriscar. Simples e controverso assim.

Lv.

1 de setembro de 2010

Malandragem

"Malandros" andam por aí ... eles acham que querem se divertir, e não percebem o bem diante de si, perdem amigos,amores, saladas, sorvetes,pizzas, cigarros, cerveja, charutos, papos e ... a própria inteligência.

Como um bom aspirante a malandro, ele sempre acha que está ganhando, mas se ele não tem a estrutura "malandral" jamais terá conhecimento suficiente para entender que quando ele acha que está ganhando normalmente está perdendo, e então só perde ... se perde, se acostuma a ser perdido e magnificamente gosta disso.

Usando um ditozinho popular podemos concluir que o problema do "malandro" está em se emoldurar ... mas o suicídio do falso malandro consta em achar que todo o mundo é um grande ótario, foi assim que sempre falaram.

Um "malandro" sem malícia joga contra si, um "malandro" sem esperteza sempre pisa no seu próprio rabo tentando fugir . É engraçado e dá muita vontade de rir e então o "malandro" todinho despir, mas não seria tão delicioso vê-lo ruir.

Cazuza, como sempre, como bom malandro, veio ajudar e "eu só peço a Deus um pouco de malandragem ". Mas por favor Deus, não me mande ilusões, pois ser "malandro" não me interessa.

Malandro que é malandro é muito otário.

Lv.

31 de agosto de 2010

Ilusão

É incrível a facilidade de se supor algo que tanto queremos, que tanto esperamos, que nos fará sentir tão superior na visão alheia.
Aí que mora o perigo ... quantas vezes já achamos que aquela frase do “msn” era nossa, quando na verdade era para outra pessoa , ou pior , era um devaneio qualquer, quantas vezes já ouvimos coisas ruins sendo proferidas, essas que nem sequer foram pensadas. Quantas vezes ? Quantas vezes julgamos enganar sendo enganos, quantas vezes enxergamos muito mais zeros onde só existe um?

É vital fantasiar, é vital moldar a alegria e a tristeza, é vital querer se enganar ... é vital também vc se enganar e enganar, sem maldade, sem pensar.
Fico culpado em pensar quantas vezes veraneei e quantos devaneios eu quis explorar ... mas até mesmo a gente precisa a si próprio perdoar , do falso testemunho levantar, afinal , ninguém carrega mala mais pesada do que se merece carregar.

Quem sofre mais e quem realmente merece pagar ?Dizem por aí que o que ama mais, seja mãe , pai , irmão , par ...é aquele que sempre vai agonizar ... mas eu vos digo que isso é a maior besteira de se afirmar . Quem sofre mais é aquele que sabe ponderar , que sabe julgar, se julgar , aceitar , quem tem a nobreza de se doar, mas de verdade, não utopizar, quem sabe ter seu coração partido sem recuar, quem sempre se põe no plano que merece estar , seja 1, 2, 3 ou 4 andar ... e isso meus caros, não tem nada a ver com amar, tem a ver com solidariedade e compaixão , tem a ver com compreensão , em realmente saber ser irmão.

Lv.

Um pouco de amor

Meu amor por você sempre foi um amor diferente, sempre esteve “acima das coisas desse mundo”.
Nunca foi um amor doentio. Foi um amor que me colocaram para amar, que me disseram quem amar, que me pediram para eu amar. E como amei, me encantei, me apaixonei. Cada dia mais e mais.
Meu amor por você sempre foi um ponto de interrogação, e você uma incógnita que eu queria descobrir. E quando achava que o ponto de interrogação ia virar uma exclamação, me enganava e virava três pontos. Nunca um ponto final.
Meu amor por você já foi sentimental e carnal. Irreal e real. E se me perguntarem dos quatro, o que mais gosto, diria que os quatro, em uma pessoa só.
Meu amor por você já desistiu de te amar, e já quis te amar inúmeras vezes. Porem quando ele desistia você amava e quando amava você não queria.
Meu amor por você nunca viu beleza nem dinheiro, nunca quis saber o perfume que você usa e o que você gosta de comer, isso não importava para ele. Pouca coisa importava. O que ele exigia eram coisas simples e em quantidades pequenas, mas com intensidades elevadas.
Meu amor por você permaneceu mesmo tendo de amar outra pessoa. Amar outra pessoa nunca foi um empecilho para deixar de amar você.
Meu amor por você sempre quis que você confiasse nele, que você acreditasse nele. Mas como é difícil fazer você enxergar “coisas que pareceriam obvias até por uma criança”. Então as vezes ele cansava e desistia de você, porem ele não conseguia ficar muito tempo sem amar e voltava a te amar.
Meu amor por você é crônica, prosa e pura poesia. É conto, grande e pequeno, ficção, e poucas vezes Haikai.
Meu amor por você são todos os estilos musicais, e cada estilo catalogado em determinada situação.
Meu amor por você sempre vai ser amor.. em toda estação.

Ir.

Arquitetura teatral

Minha visão arquitetônica em relação aos sentimentos é completamente linear, sem curvas, sem círculos. Uma visão que a sociedade determinou a tempos como “correta”. “Se não está dando certo, termine, se está vendo que não vai dar certo não comece.”
E minha visão teatral completamente oposto á Arquitetônica. Minha visão teatral me permitir jogar e arriscar, e poucos são os que arriscam em relacionamentos, e quando se arriscam, arriscam em uma porcentagem mínima, têm medo das conseqüências. Sempre arrisquei com você, toda nossa historia foi de puro risco, de tiros no escuro, de altas cartas jogadas á mesa no primeiro jogo. Sem mesmo ter certeza que poderia dar certo, sem mesmo pensar nas conseqüências. E quando pensei no que poderia acontecer se continuássemos, parei de jogar. Entreguei o jogo.
Jogos são viciantes, na maioria das vezes, e quando você pensa que parou de jogar, você volta a ele, mesmo sem querer ou sem perceber.
Não queria que esse jogo acabasse, jogos dão uma sensação de risco constante e eu gosto disso.

Ir.

Visão Singular

Eu sei que comigo
você nunca vai concordar
Poucas vezes em mim irá acreditar
Essa é nossa zona
Nosso limiar

Mas eu não desisto de tentar
Pois eu sim
Quero te mostrar
E te aproximar,
Para você perceber que é
Muito fácil tentar
Uma visão qualquer,errada ou certa, mudar

Quando se busca é claro
Compreender e arriscar
E não para a mente,
Mas para o coração se entregar
Não àquilo que a racionalidade planejou
Mas o que o coração precisa concetrizar

O destino precisa sempre
Tomar seu lugar
Mesmo sem ser da forma que tempos
Ficou-se a esperar
Mas de outra, que algo de magnifífico
E significativo
Lhe trará

Basta a isso
Você se entregar
E sua visãO tentar
Tentar, tentar, tentar ...
Brigar pra mudar
E buscando o coração,
pela mente
somos obrigados a passar
E certos julgamentos
Esquecer e tentar relevar
Aquilo que não se pode aceitar e concordar
Mas o coração é digno de perdoar

Assim,
outra escada podemos usar
Queimamos a velha, ou doamos para quem precisar
E colocamos outra no lugar
Muito mais forte
Mas para o mesmo lugar chegar

Mas não se esqueça
Que lá de cima
É de outro ponto que iremos olhar
Para o nosso total e pleno bem estar

Se você quiser pelo antigo objetivo passar
Podemos tentar
Eu mesmo posso cair e sugerir recomeçar
Mas sabe-se sempre
Onde e exatamente
Deveriamos estar
Onde é maravilhoso se firmar
E uma casinha com flores e
animais enfim,
Iremos poder montar

Para de tempos em tempos
Podermos com o maior prazer
Por toda a vida
Nos reencontrar,
Mas essa foi só
Minha visão singular,
Não sei se um dia
Seremos capazes
De tudo conciliar
Eu ficarei a esperar,
O que você desejar.

Lv.

Delícia de Contra-Sinceridade

Quem é essa tal
Que conseguiu me calar
E oh meu senhor, como é difícil me fazer parar
Que a delícia foi parar
Que delícia foi falar


Diante de tantas verdades
Eu não pude evitar
Nem dor, nem mágoas
E diferente não poderia ficar
Que a delícia foi ficar
Que delícia foi falar


Ouvir,foi felicidade escondida
Dentro de algum lugar,
Algum sentido, algo chamado, mesmo camuflado
De bem estar
Que não se poderia explicar
Que a delícia foi sentir
Que delícia foi falar


Então fiz me calar
Me calar ...
Me calar ...
E que delícia foi apenas calar
Diante daquilo
Que eu sempre quis escutar
A verdade transparente, mas fantasiada
Perdida, em algum lugar
Que a delícia foi fantasiar
Que delícia foi falar


Um dia iria chegar
Onde eu sempre quis estar
Dentro daquele que chamam de infinito particular
Sempre sonhei, de alguém desvendar
Onde eu sempre quis ficar
Onde eu sempre quis sonhar
Onde eu sempre quis parar
Onde encontrei a paz para pensar
Sem nenhuma represália , nem possibilidades
De não concordar e me transtornar
Que a delícia foi concordar
Que delícia foi falar


A sinceridade Contra-corrente
Em meio ao MEU mar
Sempre dou aquilo que quero ganhar
Toda a dúvida e dívida, foram juntas passear
Confortável, sem dor
Sem nada , sem nada
A retribuição de todas as palavras perdidas
Um dia iria Chegar
Que a delícia foi esperar
Que delícia foi falar


Eu gostaria de poder romancear
De poder em 3 palavras explicar
Mas isso
Sinceramente,
Muito sinceramente
Muitíssimo sinceramente
A sinceridade
Ainda preciso usar
Não consegui me libertar
Não há caminhos pra se chegar
Então, me contento
Com a delícia absurda de reconhecer e
Reconhecer e reconhecer e reconhecer
E por fim, conhecer
Que delícia foi falar !
Para então perceber
Que a delícia foi falar
Que a delícia foi falar
Que a delícia foi falar
Que a delícia foi falar
Mas,
Que delícia foi calar !

Lv.

30 de agosto de 2010

Minha Razão

É sempre muito difícil entender as razões das pessoas, e quando você vai ao fundo tentar entender, na maioria das vezes você encontra mais e mais transtorno no meio dessas ditas razões, e deve tomar sempre muito cuidado para não se perder e então se render.

Guardei , não na minha mente, mas no meu peito, uma frase que um sábio escreveu ... ele dizia que querer saber o sentido das coisas
é querer saber demais. Conclui-se assim que devemos apenas deixar passar as razões , sentir , mas não tentar entender, pois essa tentativa seria fatalmente e dolorosamente frustrada, então aconselha-se sentir e permanecer na ignorância de entendimento racional.

Mas o limiar de entendimento racional e emocional quase não existe , a tarefa é tão árdua quanto tirar sua vida, seus prazeres, e em prol de uma causa sem causa .
Os sentimentos jamais conseguirão ser explicados ou quantificados, por mais que insanos, como eu , tentem de uma forma desequilibrada explicar o que é, o que foi e o que será. O sentimento passa, e roubando uma fagulha de frase de Clarice Lispector , eu vos digo que depende de como e quando você vê esse tal passar ... ele pode estar aqui e você não perceber, pode ir embora e você nem sequer notar ... pode nascer, renascer , se transformar ... nenhum esforço adiantará se voê não quiser com ele colaborar.

Pessoas que mantêm relaionamentos conversando diariamente e buscando o entendimento racional e lógico e afirmam ter encontrado uma fórmula,onde se faz a média exata para cada lado envolvido, pecam por devanear, e aqueles que sequer conseguem se expressar, pecam por não tentar jogar ...

Penso que tudo seria mais fácil se fosse cuspido cara a cara, mas
o preço de se perder a magia, aquela utópica, é muito alta, e a maioria das pessoas prefere não pagar ... o que lhes resta é esperar o cansaço chegar e o adeus se firmar, e sem nenhuma lágrima mais, poder chorar. Eu prefiro ver a água cair e então me inundar, assim eu vou construindo o meu mar, bem azul e cheio de vida, onde eu possa em outras marés , ser o capitão e então
Navegar, mas também posso ceder esse lugar , e no meu mar nomear outro capitão para me levar , como marinheiro apenas, e sem a responsabilidade da
viagem , aproveitar toda a paisagem sem me preocupar .

Sentimentos são momentos de desatino, de loucura ... o morno não pode ser chamado de paixão, uma faísca jamais , mesmo que digam que não, ativaria um vulcão , me prefiro assim então , na loucura , no sim e no não , no pensamento Cazuístico com pitadas de Roberto Carlos e Platão, e mesmo que no final eu sofra mais , eu sei que eu senti mais ,e nenhuma emoção pra mim jamais será esquecida e jamais em vão , mesmo que julguem incessantemente que não , eles podem saber profundamente da minha mente, mas só eu sei do meu coração.

Lv.

Incógnita

ludmila queria largar a engenharia
ia deixar de ser descolada 
optou por economia,
mas no final das contas  
viu que ambas nao valem nada

Ir.

Psicose

Ela buscava então na maior das loucuras se encontrar , tudo lhe chamava atenção quando ela apenas tinha que caminhar pelo lindo campinho desenhado para ela chegar onde o mundo poderia lhe parabenizar, mas pq, se ela nem ao menos podia sonhar e o prazer não tinha como rejeitar. Então como sempre, escrava dos seus prazeres, ela entrou na bebida, nas festas, nas amizades passageiras, nas loucuras e conheceu algo que a vida toda esteve no seu interior, bem comportada. Chamava-se compulsão, obsessão, impulsividade. A cada mínima loucura nova que ela encontrava, ela entregava a alma, os dias, as horas... não conseguia parar. Mas quando parava, absurdamente, parecia que nada havia acontecido.

Lv.

Veraneio

Ela sempre foi totalmente transparente, o tempo todo. Ela escondia essa transparência em falsas palavras e em falsas promessas, até o jeito dela falar em determinado momento foi manipulador , mas existem muitas coisas maiores que sempre deram a certeza de verdade, mesmo que em quase todo o caso nunca houvera sinceridade.
Falsas histórias sempre o intrigaram, afinal ele, ele que guardava malícia, mas eu jamais julgaria maldade, sempre foi fã da criatividade.
Ela,
complexada,
defensiva,
um pouco ou muito mimada,
sempre se julgou culta e bem criada, a verdade as vezes é usada da forma errada.
A paciencia dessa moça , era sempre de forma infantil, esgotada ... mania de falar e fazer o que nunca conseguiria sentir ou ser ...nunca tolerou  julgamentos e além de não tolerar ... não conseguia lidar e relacionar.
Seu encanto se encontrava onde ninguém jamais conseguira encontrar , a gravidade do corpo dela para ele jamais se poderia explicar ... e essa mania de continuar não adianta contra lutar ... o estilo dela é agrádavel e louvável, sua inteligência e gosto apurado, por debaixo dos panos, se pode muito, e muito elogiar ... ela seria um amor , ele sabe disso, se assim ela quisesse provar, ele sonha e sonha ... a esperar.
.
.
.
Ele não consegue explicar ... só vos digo que esse relacionamento ele não consegue deixar , e que um dia ela consiga perdoar e aceitar , esse jeito dele
 De sempre lhe cutucar, e que aceite esse carinho que ele precisa  demonstrar, mesmo sem garantias do recíproco ganhar.
Se ele pudesse explicar, preferiria trocar as palavras pelos sentidos, pois só assim ela poderia enxergar ... que a graça toda está em implicar e que nenhuma graça teria se não fosse tão inexplicável e nada, mais nada mesmo ele colocaria ou tiraria , na essência dessa moça , nadinha ele mudaria e nem mudaria desse seu par.
Um maravilhosa essência não há como desviar, isso ele sempre conseguiu enxergar.

Lv.

Devaneio

por mais que ela acredite que todo o tempo, foram mentiras por cima de outras, no fundo ela sabe que grande parte delas, relacionadas a sentimentos, eram reais.
ela tenta não ver isso, tenta não acreditar nessa possibilidade, e acaba enganando ela mesma.
enganar a si, é mais dificil do que enganar os outros.
a vontade de vê-la sempre foi imcomparável a qualquer outra vontade, mas depois da perda de
todo o brilho, de toda a magia, vê-la não foi como esperado, o frio na barriga não aconteceu,
a ansiedade também não, a vontade de ficar com ela, era mais carnal do que sentimental.
vê-la ali, em sua frente, já tinha perdido o encanto, mas mesmo assim, no fundo, foi incomparável a qualquer
coisa. seu olhar vago, olhando sempre para o distante, seus braços finos, seu sotaque...
inacreditável, depois de tanto tempo, o irreal tornou-se real por alguns instantes.
ela já havia me encantado, mas encantou um eu errado, um eu que na verdade não era eu, então dela,
naquele dia, eu queria o inédito, o inesperado, o inusitado.
tive a mesma pessoa, sem tirar nem por. Se eu pudesse pinta-la, naquele dia, sem mesmo ter ficado frente a ela, ter a tocado, a pintura sairia a mesma. Se eu pudesse  escreve-la, sem mesmo ter passado horas com ela, descreveria alguem que eu já conhecia.
Não obtive o inédito. E, na verdade, talvez o inédito não me encantaria tanto quanto o real.
Se pudesse, a guardadaria num potinho, um potinho que eu pudesse leva-lo e abri-lo onde e quando quisesse. E então ela seria minha, de mais ngm.

Ir.

29 de agosto de 2010

Frieza

É engraçado como frases feitas exprimem perfeitamente fatos reais e consumados. Uma dessas milhares de frases escritas por pessoas inteligentes em todo o mundo dizia algo que relacionava poder a essência , que você só conheceria realmente uma pessoa dando-lhe todo o poder e então observando seu comportamento.
Eles se conheceram de uma forma mundana e bem original, ele foi até ela e quis um beijo, depois do beijo mais um beijo, então gostou da aventura e foi em busca dessa caça... mas no fundo ele sabia que o que movia era a caçada e não a caça, o que o obsecava era o caminho, não o lugar calmo e sólido que esse caminho levaria. Como sua compaixão e honestidade sempre foram afloradas de um modo perigoso, a sinceridade era posta ao ar, como uma respiração descontrolada... ele então resguardava a moça, ao mesmo tempo que lhe seduzia, ele aproveitava todo o momento e com medo de causar sofrimentos lhe bombardeava tempos depois.
Na verdade, o jovem não percebia que ele mesmo se perdia enquanto dava todas as regras a moça, ele não percebia que honestidade nem sempre nós leva a felicidade e quando se fala de relação que envolve sexualidade o altruísmo nunca é bem vindo.
Um dia, cansada das armações expostas do rapaz a moça cansou... ela estava bem, com a vida bem projetada, ia conseguir esquecê-lo facilmente e assim o fez... e o rapaz atordoado por ter perdido sua fantasia, tirou todas as cartas de pura honestidade e foi atrás... encontrou frieza e silêncio. Ele pensou demais e entendeu após algumas preces, entendeu que a culpa fora sua e essa relação seria melhor para ambos, se acabasse esse envolvimento sexual, a única coisa que ele não conseguia aceitar, era de perder o carinho e a amizade, que foram sempre tão sinceros. Deu um tempo, já que ele entendia que o melhor para a moça era seguir seu caminho e que ele não teria nada a lhe oferecer, continuou acompanhando e zelando, pensando no melhor para ela ... até que um dia pensou em rever a situação apenas por questão de amizade.
A frieza com a qual ele foi tratado foi tão grande, que ele não entendeu, já que todo o tempo fora tão sincero e cordial, ele não entendia e lhe doía profundamente a dor de tamanha decepção... lhe passou por segundos o asco, a raiva, ele pensou em feri-la, dizendo-lhe verdades... o amor de homem mulher nunca havia existido, a melhor coisa que eu fiz foi não lhe assumir, dizer ainda que a moça nunca, e realmente nunca, fora o que ele sonhava para ele, por isso ele não havia assumido esse romance.
Mas então ele retomou sua consciência e resolveu se calar... pobre daqueles que não enxergam a bondade e a consideração e tratam os outros de acordo com seus interesses...se ela não soube lidar com meu pior, pior, se não soube ser humilde o bastante para assumir também suas dívidas e foi covarde, se ela não soube ao menos a maneira mais nobre e digna de dizer adeus, ela não merece e nunca mereceu o que ela sonhara em ter de mim, não há o que se fazer pensou o rapaz... estamos aqui para aprender, aprendi o pior de mim, e o pior dela, aprendi o pior das relações, a própria indiferença, ou então a falta de consideração .
Graças a Deus não era amor... eu sei disso, de ambas as partes não era, mas que ela nunca saiba, que morra pensando que eu me arrependi de não ter dado o valor, quando eu só queria um jarro de aço, gargalhadas e amizades, para colocar no lugar do vaso de cristal que ela sempre sonhou. 

Lv.

Falsas projeções

As vezes você joga nas pessoas certas projeções que a covardia e o orgulho não deixam fluir, almas pequenas, que você tenta mas não consegue fazer evoluir... quem não tem sensibilidade de fraternidade e consideração nunca mereceu nem uma migalha e nem um tostão de comprometimento e compaixão, muito menos paixão e amor, só se for aquele passageiro, altamente sexual e em vão.

Lv.